quinta-feira, fevereiro 14, 2008
quinta-feira, fevereiro 07, 2008
NÃO SEJAS
Não Sejas...
Não sejas excessivamente nada...
Nada em excesso faz bem...
Não sejas excessivamente bom para que não te enredes em tua própria bondade, e, assim, te corrompas na presunção de tuas próprias leis de nobreza e misericórdia.
Não sejas excessivamente justo para que a tua justiça não se torne em perversidade.
Não tentes ser amor, mas apenas ama. Somente Deus é amor. Nós não sabemos como é ser amor.
Não sejas completamente inclusivo, pois, assim, perderias o teu caráter.
Não sejas completamente exclusivo, pois, assim, perderias a tua alma e tornar-te-ías empedrado.
Um santo tem que antes ser um bom pecador. E o caminho para a santidade é vereda do reconhecimento do pecado.
Não busques nem as alturas e nem os abismos. Se tu chegares num desses pólos... que tenhas sido apenas levado pela vida, não por ti mesmo. Antes, busca o caminho do equilíbrio e a vereda plana.
Todo excesso destrói o ser!
Caio Fábio.
segunda-feira, fevereiro 04, 2008
"A ORAÇÃO SIMPLES"
A ORAÇÃO SIMPLES
Não existe oração errada. Aliás, a oração errada é aquela que não é feita. A Bíblia Sagrada ensina que se deve orar a respeito de tudo. Orar por qualquer motivo, qualquer hora, qualquer lugar, sempre que o coração não estiver em paz. Tão logo o coração experimente apreensão, preocupação, medo, angústia, enfim, seja perturbado por alguma coisa, a ação imediata de quem confia em Deus é a oração.
O apóstolo Paulo diz que não precisamos andar ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, com ação de graças, devemos apresentar nossos pedidos a Deus, tendo nas mãos a promessa de que a paz de Deus que excede todo o entendimento, guardará nossos sentimentos e pensamentos em Cristo Jesus (Filipenses 4.6,7). A expressão "coisa alguma' inclui desde uma vaga no estacionamento do shopping center quanto o fechamento de um negócio, o desejo de que não chova no dia da festa quanto a enfermidade de uma pessoa querida.
Esta experiência de oração é chamada de oração simples: orar sem censura filosófica ou teológica, orar sem se perguntar "é legítimo pedir isso a Deus?" ou "será que Deus se envolve nesse tipo de coisa?". Simplesmente orar.
A garantia que temos quando oramos assim é a paz de Deus em nossos corações e mentes. A Bíblia não garante que Deus atenderá nossos pedidos exatamente como foram feitos: pode ser que a vaga no estacionamento não seja encontrada e que chova no dia da festa. A oração não se presta a fazer Deus trabalhar para nós, atendendo nossos caprichos e provendo o nosso conforto. Já que a causa da oração simples é a ansiedade, a resposta de Deus é a paz. O resultado da oração não é necessariamente a mudança da realidade a respeito da qual se ora, mas a mudança da pessoa que ora. A mudança da situação a respeito da qual se ora é uma possibilidade, a mudança do coração e da mente da pessoa que ora é uma realidade. Deus não prometeu dizer sim a todos os nossos pedidos, mas nos garantiu dar paz e nos conduzir à serenidade. Não prometeu nos livrar do vale da sombra da morte, mas nos garantiu que estaria lá conosco e nos conduziria em segurança através dele.
O maior fruto da oração não o atendimento do pedido ou da súplica, mas a maturidade crescente da pessoa que ora. Na verdade, a estatura espiritual de uma pessoa pode ser medida pelo conteúdo de suas orações. Assim como sabemos se nossos filhos estão crescendo observando o que nos pedem e o que esperam de nós, podemos avaliar nosso próprio crescimento espiritual através de nossos pedidos e súplicas a Deus. As orações revelam o que realmente ocupa nossos corações, o que realmente é objeto dos nossos desejos, o que nos amedronta, nos desestabiliza e nos rouba a paz.
O apóstolo Paulo diz que quando era menino, falava como menino, pensava como menino e raciocinava como menino. Mas quando se tornou homem, deixou para trás as coisas de menino (1Coríntios 13.11). Não existe oração certa e errada. Mas existe oração de menino e oração de homem. Oração de menina e oração de mulher. A diferença está no coração: coração de menino e de menina, ora como menino e menina. A nossa certeza é que Deus também gosta de crianças.
Publicado originalmente em www.galilea.com.br, para acessar o artigo, clique aqui.
• Ed René Kivitz é teólogo, com mestrado em Ciências da Religião pela Universidade Metodista de São Paulo, e pastor presidente da Igreja Batista de Água Branca, SP. É também palestrante e escritor, e dentre suas obras mais conhecidas estão Vivendo com propósitos e Outra Espiritualidade, ambas publicados pela Editora Mundo Cristão.
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